Meditando em 2 Coríntios
Eu também tenho um espinho na carne. Um mensageiro de Satanás também me esmurra. Já tentei revidar. Já clamei ao Senhor que retire, porque incomoda demais. Não três vezes, que sou crente moderno, e não chego nem aos pés de meu irmão Paulo, umas trinta vezes, no mínimo. A resposta do Senhor varia de silêncio ao clássico "a minha graça te basta, minha filha, pois o meu poder se aperfeiçoa quando você está fraca". Para Deus, eu forte não presto. Sem incômodo eu fico soberba, metida, viro super-mulher. Ele, como sempre está certo, mas dói demais. Eu não quero mais este espinho furando a minha carne, mas não ouso, contudo, ir além em minhas queixas para o Senhor.
Sei que sou um instrumento de bênção nas mãos de Deus, mesmo manquitolando, o que me faz feliz. Por causa do espinho na carne tenho aprendido a ser mais simpática com a dor alheia, aprendendo o que é sofrer, portanto entendendo o sofrimento dos aflitos.
Quero em nome de Jesus aposentar minhas críticas aos pecadores que se arrependerem, entender os filhos pródigos, saber levantar uma adúltera do chão, já que está ali justamente por causa de seus pecados e por causa do pecado dos que se dizem santos, santos, santos. Melhor é estar na casa de amigos do que estar no” Templo dos Fariseus”. Me identifico mais com os que "não são" que com os que pensam que são.
O espinho da carne, embora tenha vindo do diabo na intenção de me desanimar, tem transformado, para melhor, minha estrutura. Por causa do terrível desconforto espiritual sou mais humana. De boa vontade, pois me gloriarei nesse... Maldito espinho! Esta dor não é uma bênção? Agora, quando o espinho dói - e ás vezes dói de forma insuportável - eu faço uma careta de dor e... grito "Glória a Deus!". Não se apresse em afirmar que sou masoquista. Detesto sentir dor, sou apenas grata ao Senhor por usar um instrumento do mal para o meu bem. Pensando bem, todos os crentes se não tem, deveriam ter um espinho na carne. Não existe instrumento mais eficiente para curar o ser humano da soberba e arrogância física e espiritual, que o bom e velho Espinho.
[Colaboração e adaptação de Eliane F. Silva]
[o caminho]
Eu leio!
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