Doação de medula óssea
Caro leitor, no Biologando deste mês vamos falar um pouco sobre doação de medula óssea, uma questão extremamente importante e que pouca gente sabe que existe. É mais comum ouvir falar em doação de sangue.
A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias [glóbulos vermelhos], os leucócitos [glóbulos brancos] e as plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo e nos defendem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.
O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia e linfoma. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente, ou alogênico quando a medula vem de um doador. Para que se realize um transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade. Com base nas leis de genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos [mesmo pai e mesma mãe] é de 25%.
Para fazer a doação é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro [Hemominas, no caso de Minas Gerais] mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue [5 ml] para a tipagem de HLA [Histocompatibilidade]. Os dados do doador são inseridos em um cadastro e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. Para reunir as informações [nome, endereço, resultados de exames, características genéticas] de pessoas que se voluntariam a doar medula para pacientes que precisam do transplante foi criado o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea [REDOME], instalado no Instituto Nacional de Câncer [INCA]. Um sistema informatizado cruza as informações genéticas dos doadores voluntários cadastrados no REDOME com as dos pacientes que precisam do transplante. Quando é verificada compatibilidade, a pessoa é convocada para realizar a doação. Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte. A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.
“Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” [Mateus 22.37-40].
Para saber mais acesse:
http://www.hemominas.mg.gov.br/
http://www.inca.gov.br/
Você que tem interesse em saber algo biologicamente falando, mande um email para ocaminho.iepcj@gmail.com.
Bióloga a serviço da vida, Jesus é a própria vida [João 14:6].
[Por Ana Carol F. Silva - IEPCJ Maria Goretti]
[o caminho]
Eu leio!
Extraído da edição nº84 . outubro de 2011
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