segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Biologando =)

 Baterista ou cantor do Recanto?

Caro leitor, para quem esteve no retiro em Outubro e teve uma aula de biologia com o nosso Pastor e para quem não esteve e é da mesma forma biologicamente curioso, seguem algumas curiosidades sobre o canto dos sapinhos. Aquele barulho que o sapo fazia que parecia um tambor em biologuês chamamos de “vocalização de anuros”.




O coacho é muito diversificado e varia com a espécie sendo que a maioria das espécies apresentam dois ou três tipos de canto. É possível identificar uma espécie pelo seu tipo de vocalização. Apenas o macho é capaz de vocalizar, pois apresenta o que chamamos de saco vocal, que não ocorre nas fêmeas. O saco vocal funciona como uma espécie de câmara de ressonância na produção do som. Este som é uma das formas mais eficientes dos anfíbios anuros [sapo, rãs e pererecas] se comunicarem e economizarem energia. Isso mesmo: economizar energia! Imagine você, quem gasta mais energia em uma hora: um lutador de boxe ou uma cantora lírica? Para um anuro macho, uma disputa vocal com outro macho é bem mais econômica e menos arriscada do que disputar em um combate físico, seja por territórios ou fêmeas – e é isso o que acontece. Como esses animais possuem a visão não muito desenvolvida, esta é a forma deles “perceberem” com quem estão lidando. O canto oferece informações acerca dos atributos físicos do macho. Um sapo maior que outro de sua espécie pode indicar, através de seu canto, que é provavelmente mais velho o que significa que sobreviveu às intempéries do ambiente. Assim, este é, possivelmente, mais forte e, em uma disputa física, provavelmente seria o vencedor. Assim, ao perceber que outro macho possui “mais atributos”, é mais fácil e menos oneroso fugir e procurar outro território, fêmea ou macho para disputas. Seria quase o mesmo que a cantora lírica do exemplo querer lutar com Mike Tyson por uma cadeira e perceber que, caso não desista da ideia, terá grandes prejuízos.

Estudos mostram que vocalizações de frequências mais baixas são típicas de machos maiores e estas afastam outros machos e atraem mais fêmeas - efeito que ocorre também em repertórios com mais cantos por minuto. Essa atração às fêmeas se dá pelo mesmo motivo, já que as fêmeas de qualquer espécie têm uma tendência de buscar parceiros mais fortes e saudáveis e, assim, provavelmente, garantir uma prole com tais atributos.

Imaginem se fosse assim com seres humanos, que confusão que seria...

Você que tem interesse em saber algo biologicamente falando, mande um email para ocaminho.iepcj@gmail.com.

Bióloga a serviço da vida, Jesus é a própria vida [João 14:6].

[Por Ana Carol F. Silva - IEPCJ Maria Goretti]
 
[o caminho]
Eu leio!
 
Extraído da edição nº85 . novembro/dezembro de 2011

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