quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Halloween


Superstições e influências ocultistas de várias culturas uniram-se através dos séculos criando o Halloween.

O dia das bruxas é comemorado no dia 31 de Outubro.
Deve o cristão participar de tal festa?

A festividade do Halloween tem suas raízes nos festivais de outono dos Celtas que viveram há centenas de anos, onde é hoje a Grã Bretanha e o norte da França. Eram idólatras animistas, pois adoravam a natureza e tinham o deus sol como divindade favorita. Seus sacerdotes eram chamados de druidas, influentes guias espirituais e dados à magia e à feitiçaria.

Os Celtas criam que o ano novo deveria ser comemorado na última noite de Outubro, pois o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se tornava mais frágil, sendo essa noite o tempo ideal para se comunicar com os que já haviam partido. Acreditavam que os espíritos dos mortos voltavam ao antigo lar procurando algum contato com entes queridos. Se os vivos não providenciassem comida para esses espíritos, coisas terríveis lhes poderiam acontecer e se não lhes oferecessem uma festa nesta data, eles atormentariam os vivos. Seria uma noite de medo, pois os aldeões amedrontados acendiam fogueiras para honrar o deus sol sacrificando-lhe animais e oferecendo-lhe colheitas. Temiam que os espíritos matassem seus rebanhos e destruíssem suas propriedades. Para confundir os espíritos, os aldeões passaram a se vestir com roupas negras e usavam máscaras, ofertavam seus sacrifícios em altares adornados com maçãs simbolizando a vida eterna. O vinho era substituído pela sidra ou suco de maçã. Tudo isso misturado com muita música e dança.

O Halloween está associado com os rituais pagãos e superstições ocultistas: Samhain, ano novo dos druidas.

Nessa mesma época do ano, os povos latinos e em especial os romanos, comemoravam o festival de Pomona [deusa das frutas e dos jardins], festa das colheitas. A maçã e as nozes, símbolos de armazenagem para o inverno, eram ofertados aos deuses romanos em grandes fogueiras como um gesto de agradecimento por causa da boa colheita do ano anterior. A celebração tinha também aspectos místicos com espíritos e bruxas presentes sondando as festividades. Os romanos adotaram muitas divindades gregas na criação de sua própria mitologia para aplacar o ódio de Hecate [rainha do mundo subterrâneo], colocando bolos de mel e corações de galinha como oferenda nas soleiras das portas.

Bruxas e feiticeiras sempre foram vistas como adoradoras de demônios e detentoras de poderes mágicos e ocultos. Na Idade Média, as bruxas eram consideradas perigosas pois se agrupavam em comunidades anti-cristãos e eram cuidadosas em seus métodos para seduzir suas vítimas com promessas de soluções para os seus problemas, levando-as a deixar suas crenças em Deus e a adorar ao diabo. Foram alvo de uma perseguição religiosa nos séculos XV, XVI e XVII por parte da igreja católica romana.

Embora, condenasse esses festivais como o de Sanhaim e Pomona, a igreja não foi capaz de reprimi-los por completo. Então recorreu a um astuto plano, incorporou o dia da celebração pagã ao calendário Cristão, o festival Celta em homenagem aos mortos, Samhaim; e o dia 1º de Novembro como o dia de todos os santos e santas que já haviam deixado a vida. É interessante notarmos que aquilo que era proibido pela igreja católica romana foi aculturado e tornou-se dia santo para se cultuar os mortos: o famoso dia de finados.

Veja leitor, a origem do Halloween está associada à comunicação com os mortos, prática condenada pela palavra de Deus. “Não recorram aos médiuns, nem busquem a quem consulta espíritos, pois vocês serão contaminados por eles” [Levítico 19:31].

Quanto à pergunta inicial se convém ou não comemorar, cabe a nós, olharmos a palavra de Deus: “E não vos associeis com as obras infrutuosas das trevas,antes porém, condenai-as, mas todas as coisas manifestas pela luz tornam-se visíveis, pois é a luz que a tudo manifesta. Desperta ó tu que dormes e levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará.” [Efésios 5:11-14]

[Por Carlos Alberto “Betinho” - IEPCJ Maria Goretti]

[o caminho]
Eu leio!

Extraído da edição nº72 . outubro de 2010

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