Há outro aspecto da missão do Filho que deve ser comparado com a missão da igreja: ele foi enviado ao mundo a fim de servir. Ele não desceu com visitante de outro planeta nem chegou como estrangeiro trazendo consigo sua própria cultura. Ele tomou sobre sim nossa humanidade, nossa carne e sangue, nossa cultura. Na verdade, ele se tornou um de nós e experimentou nossa fragilidade, nosso sofrimento e nossas tentações. Ele até assumiu nosso pecado e morreu nossa morte. Agora ele nos envia “ao mundo” para nos identificarmos como os outros assim como ele se identificou conosco [ainda que sem perder nossa identidade cristã], para nos tornarmos vulneráveis assim como ele se tornou. Certamente, essa é uma das falhas mais características que temos como cristãos, especialmente os que se chamam cristãos evangélicos – raramente parecemos levar a sério esse princípio da encarnação. “Assim como nosso Senhor assumiu nossa carne”, discorre o relatório da Cidade do México em 1963, “ele também chama sua Igreja para se envolver com o mundo secular. Isso é ao mesmo tempo fácil de dizer e sacrificial de se fazer”. Para nós, é mais natural gritarmos o evangelho às pessoas a certa distância do que nos envolvermos com elas de forma profunda, pensarmos dentro de sua cultura e de seus problemas e sentirmos suas dores com elas. Entretanto, essa implicação do exemplo do nosso Senhor é inescapável. Como o Pacto de Lausanne declara: “Nós afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo como o Pai enviou e isto conclama para um envolvimento profundo e dispendioso no mundo” [parágrafo 6].
[STOTT, John. A Missão Cristã no Mundo Moderno. Viçosa: Ultimato, 2010. pág. 29]
[o caminho]
Eu leio!
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