quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Hoje não é amanhã

Prefiro que partilhe comigo uns poucos minutos agora que estou vivo, e não uma noite inteira quando eu morrer.

Prefiro que aperte suavemente a minha mão agora que estou vivo, e não apóies o seu corpo sobre mim quando eu morrer.

Prefiro que faça um só telefonema agora que estou vivo, e não uma inesperada viagem quando eu morrer.

Prefiro que ofereça uma só flor agora que estou vivo, e não me envie um formoso ramo quando eu morrer.

Prefiro que elevemos ao céu uma oração agora quando estou vivo, e não um culto quando eu morrer.

Prefiro que me digas palavras de alento agora que estou vivo, e não um dilacerante poema quando eu morrer.

Prefiro que toque um só acorde de guitarra agora que estou vivo, e não uma comovente serenata quando eu morrer.

Prefiro que me dedique uma pequena prece agora que estou vivo, e não um pomposo discurso quando eu morrer.

Prefiro desfrutar de todos os mínimos detalhes agora que estou vivo, e não que faça grandes manifestações quando eu morrer.

Prefiro que diga que sente algo por mim agora que estou vivo, do que faça um grande lamento porque não me disse a tempo, depois que estiver morto.

Aproveitemos os nossos queridos enquanto eles estão entre nós.
Valorize as pessoas que estão à sua volta.

Ame-as, respeite-as, lembre-se delas...
Enquanto estão vivas!

[Colaboração de Maria de Paiva - IEPCJ Céu Azul]

[o caminho]
Eu leio!

Extraído da edição nº74 . dezembro de 2010

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