Acredita-se que a roda tenha surgido há mais de 6.000 anos, originada de uma pedra ou de um tronco de árvore, não se sabe ao certo. As conseqüências dessa descoberta todos nós sabemos. Hoje, mais depressa ou mais devagar, milhões de rodas, pequenas ou grandes, funcionam em todo o mundo, sem parar, transformando a vida em movimento.
É certo que no meio deste caminho, a domesticação de animais foi uma maneira inteligente utilizada por nossos antepassados para sua locomoção. Cavalos, elefantes e camelos são exemplos de animais que ainda hoje são utilizados como meio de transporte.
Mas a necessidade de deslocamento cada vez mais rápido e eficiente foi o grande motor a impulsionar o homem a criar suas maravilhosas máquinas para transpor obstáculos e distâncias. Foi assim com os grandes navios da antiguidade, os trens a vapor do século 19, a invenção do avião no início do século 20 e a conquista do espaço com inimagináveis naves espaciais. Seja pela terra, pela água, pelo ar, o homem deu passos muito além de suas próprias pernas, no melhor sentido dessa expressão.
É impossível pensar a evolução da sociedade humana sem seus diversos meios de transporte, de uma simples bicicleta à engenhosidade de um helicóptero, passando pela praticidade do elevador, os mistérios de um submarino, os riscos de uma motocicleta até o poder sedutor do carro, este último confundido em muitas situações como extensão do próprio corpo. Mas o que é solução na maior parte das vezes é também problema. Todos os países do mundo e suas grandes, médias e pequenas metrópoles enfrentam os desafios da mobilidade urbana.
O trânsito é reflexo da tamanha crise de valores que vivemos. Nossas ruas transformaram-se em palco de batalhas entre máquinas e pessoas com conseqüências graves para o próprio ser humano e o meio ambiente. O homem vale a potência de seu carro e sua habilidade ao volante. Os engarrafamentos nas grandes cidades se transformaram em absurdos que desafiam a lógica. Será a reta a menor distância entre dois pontos?
Políticas eficientes de transporte público se fazem cada vez mais necessárias para a solução deste conflito. Porém, não somente os governos têm papel a desempenhar. A indústria, a mídia e a sociedade necessitam rever conceitos. A qualidade do trânsito depende, portanto, da relação entre as pessoas e não somente de mecanismos de controle de fiscalização e legislação.
É por esta razão que o BH Humor lança “Transporte e Trânsito” como tema para sua segunda edição. Convocamos todos os cartunistas, profissionais e amadores, para uma reflexão crítica e bem humorada sobre o assunto!
Mãos à obra e pé na estrada!
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[o caminho]
Eu leio!
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