Dias atrás li uma reportagem sobre jovens que, observando as oportunidades do mercado, criaram uma empresa. Com poucos investimentos, eles obtiveram grandes lucros já no primeiro ano de funcionamento. Olharam, observaram as oportunidades e os desafios, planejaram, executaram e agora estão curtindo o sucesso e investindo na expansão de sua criatividade.
Criatividade talvez seja uma boa palavra para representar a fonte do êxito desta turma e de tantas outras histórias que a cada dia se tornam mais conhecidas pelo mundo inteiro. No Evangelho de Marcos, capítulo 2, quatro amigos passaram pela mesma situação. Eles tinham um interesse, observaram os desafios para alcança-lo, as oportunidades disponíveis e não se acomodaram com a situação em que estavam, pois sabiam que poderiam atingir algo muito maior. Eram jovens, fortes e saudáveis. E também eram obstinados. Não seria pouca coisa que os impediria de chegar ao seu objetivo.
No centro de sua “missão” havia um outro rapaz: paralítico, incapaz, dependente, incômodo. Ocupava mais espaço que todos e, naquela época, não havia prioridade para PNEs . Talvez ele estivesse cansado, envergonhado, com uma autoestima destruída, desacreditado em si mesmo e nas pessoas. Além do peso da dificuldade física, era um peso emocional, espiritual.
A história é bem conhecida e sabemos que os quatro amigos conseguiram apresentar o paralítico a Jesus. Mas o time teve que planejar cada detalhe de sua ação, observar o ambiente do bairro onde Jesus estava, dar voltas na casa para procurar aberturas e ser criativo e ousado. E foram. O texto não diz como, mas os quatro rapazes subiram o amigo deficiente no telhado; o texto não diz como, mas retiraram a cobertura da casa sem que esta caísse na cabeça de alguém [a de Jesus, por exemplo]; o texto não apresenta os “como”, mas relata com clareza o êxito da iniciativa.
Jesus também percebeu que a criatividade e a ousadia daqueles rapazes era movida pela fé que eles tinham de que Jesus poderia fazer a diferença. E fez! E fez ainda mais do que eles esperavam, como sempre faz. Jesus não apenas curou, mas também perdoou os pecados, isto é, deu a salvação àquele paralítico. Não sabemos os nomes destes cinco homens, mas sabemos que por aquela atitude entraram eternamente para a história.
Somos seres criativos, à semelhança do Criador. E podemos, com ousadia, fazer grandes coisas para esta geração. Não precisa ser de grandes proporções, movimentando centenas e milhares de pessoas, mas grandes movimentos porque o grande motor de tudo isso é a fé. Era isto que os movia a superar todos os obstáculos, e é isso que pode nos levar a fazer coisas antes inacreditáveis com o propósito de apresentar a Jesus aqueles que precisam de cura e salvação. Criatividade e oportunidade sempre existirão para aqueles que, movidos pela fé, procuram apresentar “enfermos” Àquele que pode curá-los. Há doentes em nossa geração?! Então há espaço pra você agir. Olhe, pare, pense, ore, planeje, ouse, faça!
E, no final de tudo, você entenderá que seu nome não precisa aparecer, pois tudo o que fazemos é pra Glória de Deus. Esse é o maior e eterno lucro que alguém pode ter.
Rodolfo Gois é Diretor Pastoral do TeenStreet Brasil e pastor da IPIB.
[Extraído de Ultimato ]
[o caminho]
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